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- segunda, 22 fevereiro 2016
Para a AEP, o Portugal 2020 “é uma corrida de fundo” e deve manter uma dinâmica de abertura de concursos.
“Durante o ano de 2015, surgiram problemas no Portugal 2020, até porque se introduziram algumas alterações nos processos administrativos que acabaram por dificultar não só a abertura de concursos como a própria candidatura das empresas e das associações”, defende Paulo Nunes de Almeida, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).
Para o responsável, que falava à margem de um seminário sobre o Portugal 2020, “o ano de 2015 foi um ano perdido no que respeita ao efetivo apoio às empresas e às instituições, o que levou a que uma das preocupações deste Governo, quando tomou posse, fosse tentar rapidamente inverter essa situação”.
Para Paulo Nunes Almeida, importa igualmente sublinhar que o programa Portugal 2020 “não é uma corrida de 100 metros, é uma corrida de fundo, e isso significa que temos de manter uma dinâmica permanente de abrir concursos, analisar, contratualizar e pagar”.
E particularmente sob o ângulo dos pagamentos, o presidente da AEP não deixou de lembrar que foi precisamente para inverter os atrasos no 2020 que o novo Governo apresentou o programa para injetar 100 milhões de euros na economia portuguesa em 100 dias. Assim, devido a este programa “100 milhões em 100 dias”, houve, até ao final de janeiro, um aumento significativo quer em termos de contratualização quer em termo de pagamento de incentivos “e isso é o que efetivamente conta para as empresas”, reforçou ainda.
“Ainda não chegámos aos 100 milhões mas, ao ritmo que vejo, vamos a caminho de conseguir alcançar essa meta”, rematou Paulo Nunes de Almeida, destacando, porém, ser vontade da AEP “que se consiga ultrapassar esses 100 milhões e se consiga ir um pouco além”.
Ainda sobre o Portugal 2020, o presidente da associação salientou tratar-se de um programa com “uma missão a cumprir que é ser uma alavanca importante não só para o investimento mas também para o aumento da competitividade. É aí que devemos centrar a nossa preocupação”, concluiu.
Fonte: OJE