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- quarta, 20 janeiro 2016
"Quando chegarmos aos 100 dias o que queremos é cumprir com os 100 milhões de euros de pagamento às empresas, mas também continuar depois com esse ritmo. Não é para ao fim dos 100 dias descansar. É para o ritmo acelerar ainda mais", sublinhou o ministro no final da visita à Panicongelados, uma de várias empresas que começaram a receber os primeiros pagamentos do Portugal 2020, no âmbito do Plano 100.
Caldeira Cabral referiu que o objetivo é que "o dinheiro, que é das empresas, chegue às empresas, para que se acelerem os investimentos". "Só nos últimos três dias houve pagamentos de 15 milhões a um conjunto de algumas dezenas de empresas, mas nas próximas semanas vai continuar a haver mais pagamentos e há dezenas de empresas que estão em linha para receber", acrescentou.
Para o governante, este ritmo é "essencial", porque "só com novos investimentos, como os que aqui vimos, se criam novos empregos, sobretudo, novos empregos competitivos capazes de competir à escala mundial", realçou. O ministro explicou que "houve um processo de olear a máquina e de pôr a máquina de pagamentos dos fundos comunitários a funcionar". Agora, o objetivo é "fazer chegar o dinheiro às empresas". Caldeira Cabral referiu também que quando este Governo tomou posse constatou que "havia alguns problemas nos pagamentos".
"Esta era até uma questão central do programa macroeconómico do PS: ativar os fundos comunitários e acelerar a expressão dos fundos comunitários, e foi isso que fizemos com o programa dos 100 milhões em 100 dias". Para o governante, o relançamento da economia "requer investimento" e "são as empresas privadas que fazem investimento" e que "querem investir, e estão a investir, para melhorar a sua produção, para alargar a sua capacidade e exportar para mais e novos mercados". Com o atraso dos fundos comunitários, as empresas "estavam a atrasar ou a adiar investimentos", uma vez que "viam os outros empresários com os seus projetos a não avançarem". E "é essa visão que queremos inverter". "Queremos ajudar as empresas para que retomem com mais força o investimento de que o país precisa", frisou ainda o ministro da Economia.
Os atrasos deveram-se, sobretudo, a "questões operacionais". "Não havia uma questão política, mas a articulação entre as várias entidades estava com alguns problemas. Havia problemas ao nível informático e o que quisemos trazer foi a determinação política de pôr o sistema a funcionar para que o dinheiro das empresas chegasse às empresas e acelerasse o emprego", referiu Caldeira Cabral. O administrador da Panicongelados Pedro Mendes afirmou que a empresa recebeu cerca de 7,5 milhões de euros de comparticipação comunitária para aplicar num projeto de 12,7 milhões de euros. Os fundos serão aplicados "numa nova linha de produção de pizzas e outros produtos com recheio e numa câmara automatizada". O projeto deverá estar a funcionar "dentro de dois anos".
"Os fundos comunitários têm ajudado a automatizar toda a empresa para estarmos ao nível das empresas internacionais, porque o nosso principal foco é a parte da internacionalização. Trabalhamos mais para exportação, porque aí temos outros resultados e outras margens", salientou Pedro Mendes.
Fonte: Notícias ao Minuto