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Perante uma plateia de 80 hoteleiros que marcaram presença ontem no primeiro almoço mensal da Associação da Hotelaria de Portugal, a nova secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, deixou várias promessas, entre as quais avançar, em breve, com um pacote específico de financiamento e capitalização para as empresas turísticas que estão a enfrentar dificuldades de tesouraria.

Sem ainda assumir os montantes a disponibilizar, Ana Mendes Godinho deixou o compromisso de recuperar a aposta na lógica dos protocolos bancários ao mesmo tempo que está decidido “acelerar a implementação do programa Portugal 2020”.

Ainda a pensar no reforço da tesouraria dos operadores, a governante garantiu que entre as medidas está a intenção de “dar força aos instrumentos de engenharia financeira, quer de capital de risco quer fundos de investimento imobiliário”. Neste cenário, está “em construção um novo fundo dedicado ao turismo para responder aos problemas existentes”. A meta é que até Fevereiro esses instrumentos estejam definidos.

Para reverter as dificuldades de acessibilidade ao destino Portugal, Ana Mendes Godinho propõe-se “dar novo gás ao Fundo de Captação de Rotas Aéreas que será alargado aos cruzeiros que partem e chegam aos portos nacionais”. A governante não esqueceu o turismo de negócios e prepara-se também para relançar o fundo de captação de eventos e congressos.

Perante as críticas deixadas pelo presidente da AHP, Luís Veiga, face à elevada burocracia ao nível laboral a que o sector está sujeito, a responsável pela pasta do Turismo assumiu o compromisso de trabalhar com este órgão para “encontrar uma solução com regras mais claras e que seja mais fácil os empresários perceberem o que têm de cumprir”.

A governante voltou a responder ao presidente da AHP ao garantir que “o alojamento local é uma realidade e não vai desaparecer”. Ana Mendes Godinho admitiu avançar com ajustes às medidas no terreno para que haja um tratamento igual para todos os operadores.

Numa altura em que o Governo decidiu repor os feriados que tinham sido suspensos, a secretária de Estado do Turismo sublinhou que se deve “aproveitar esta medida para garantir que os portugueses usem as pontes e os gozem em Portugal”.

Quanto à estratégia de promoção do destino, a palavra de ordem é “continuar o caminho que se tem feito no ‘online’”, em conjunto com os privados e com o modelo das agências regionais de promoção turística.

Fonte: Económico