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- quinta, 10 dezembro 2015
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, destacou hoje a importância de criar incentivos à inovação que passam, num primeiro momento, pela aplicação dos fundos europeus, fomentando assim uma maior articulação entre as empresas e as universidades.
É extremamente importante para as empresas haver um apoio da parte do Estado bem organizado. Portugal tem hoje muito mais capacidade científica e tecnológica do que tinha há uns anos atrás, essa capacidade científica e tecnológica está, em grande medida, nas universidades e é muito importante acelerar e recuperar a capacidade de as universidades colaborarem com as empresas portuguesas", disse o ministro da Economia.
Manuel Caldeira Cabral, que falava aos jornalistas à margem do 12.º Encontro Nacional de Inovação COTEC, que hoje decorre em Lisboa, referiu que "essa colaboração pode ser feita de forma direta", colocando os centros de investigação das universidades a trabalhar com as empresas de forma regular. O objetivo é, segundo o governante, alargar o âmbito da colaboração entre as empresas e as universidades "de forma mais aprofundada e permanente".
Assinalou, a propósito, que "há também muitos centros tecnológicos que têm feito um papel extremamente importante ao nível setorial e que foram determinantes na volta que alguns setores deram em Portugal na criação de maior produtividade e competitividade, sem ser pela via de baixos salários". Caldeira Cabral acentuou que a estratégia do Governo passa "pela criação de mais valor nas empresas" e apontou os centros tecnológicos da Alemanha e França como "exemplos a seguir" no nosso país.
O objetivo é, segundo o ministro da tutela, "atrair novos investimentos para Portugal" e permitir às empresas portuguesas entrar em novos mercados e alargar as suas cadeias de exportação. "O papel do Governo não é fazer inovação, esse cabe às empresas. O papel do Governo é apoiar a ciência, apoiar a criação de recursos humanos altamente qualificados e olear este sistema, fazendo com que esses recursos humanos e capacidade científica sejam utilizados em Portugal nas empresas portuguesas e para criar emprego no nosso país", sublinhou.Questionado pelos jornalistas sobre quais os incentivos que poderão fomentar uma maior cooperação entre empresas e universidades, Caldeira Cabral não especificou, mas remeteu a resposta, em parte, para os fundos europeus.
"Os incentivos à inovação passam, em primeiro lugar, pela utilização do quadro de apoios europeus que existe e que tem na inovação um aspeto muito importante no apoio à competitividade e o que temos de fazer é [...] fazê-los chegar às empresas, à economia, e pôr dessa forma o investimento a crescer em setores tecnológicos ou outros que melhorem os setores tradicionais", rematou o ministro.
Fonte: Notícias ao Minuto