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- sexta, 20 novembro 2015
Programa Portugal 2020 permite às empresas aumentar o volume de negócios internacionais em mais de 2 mil milhões de euros.
O número de empresas portuguesas exportadoras continua a aumentar. Em 2013, num universo de 280 mil, havia 49 mil a exportar, mais 13 por cento do que em 2010. Os números da Informação Empresarial Simplificada – citados recentemente no Negócios pelo diretor do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia, Ricardo Pinheiro Alves – vêm ao encontro dos primeiros resultados do programa Portugal 2020.
Em dois concursos já encerrados, inscritos no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (Compete 2020) e também em programas regionais, foram aprovados 1049 projetos de micro, pequenas e médias empresas. Com estes incentivos à internacionalização e à qualificação, prevê-se que venham a ser criados 282 postos de trabalho, levando a um aumento do volume de negócios internacionais das empresas na ordem dos 2155 milhões de euros.Neste exemplo, as empresas do Norte do País e de base industrial são as que mais aproveitaram os incentivos dos dois programas, que rondam os 150 milhões de euros.
A aposta na inovação, na internacionalização e na qualificação é notória também, por exemplo, no setor do calçado, que exporta anualmente mais de 95 por cento da sua produção para mais de centena e meia de países. Até ao final da década, segundo a associação do setor (APICCAPS), as empresas querem investir cerca de 160 milhões de euros: 70 milhões de euros no reforço da internacionalização, 50 milhões na área da inovação e 36 milhões para a qualificação. Para alcançar estes objetivos, recentemente divulgados na maior feira mundial desta atividade, em Milão, o setor do calçado – cujas exportações no ano passado atingiram o valor máximo de 1978 milhões de euros – espera apoios da ordem dos 30 por cento da parte dos programas do Portugal 2020.
A par dos incentivos do novo quadro comunitário, que o tecido industrial português continua a aproveitar, mantendo-se sólido como um dos pilares das exportações nacionais, o crédito e o acompanhamento das instituições bancárias surgem como outros dos apoios inestimáveis à internacionalização das empresas. Nesta matéria, a Caixa Geral de Depósitos tem cimentado a sua posição. A avaliar pelas operações realizadas pelas Sociedades de Garantia Mútua, até 26 de setembro, a quota de mercado na sublinha específica "Crédito Comercial a Exportadoras", da Linha PME Crescimento 2015, era de 23,75 por cento, quando no final do ano passado estava nos 20,1 por cento.
Fonte: Jornal de Negócios