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Portugal vai receber mais 21 projetos turísticos em áreas tão diversas como o agroturismo, restauração, animação turística e hotelaria, que representam um investimento total de 45 milhões de euros, que conta com incentivos de 20 milhões financiados pelos fundos comunitários do programa Portugal 2020. Só o Porto conta com quatro projetos já autorizados, que valem mais de metade do investimento total, números avançados hoje pela edição em papel do Diário de Notícias e no sitio online Dinheiro Vivo.

O Porto vai receber 25,5 milhões de euros, com os dois maiores investimentos por candidatura: 13,98 milhões de euros num projeto de animação turística e 10,96 milhões num empreendimento turístico e que confirmam "a dinâmica turística e empreendedora que o Porto vive neste momento", justificou o presidente da autarquia portuense.

Rui Moreira salientou que "essa dinâmica deve-se à confiança que os investidores sentem para apostar no Porto, mas confirma também a validade da estratégia de promoção externa que o destino Porto tem conseguido fazer", criando alicerces internacionalmente e posicionando-se como um destino duradouro e estruturado. Apesar desta fatia de dinheiros europeus estar destinada ao Porto, o presidente da Câmara explicou ao "Porto." que estes apoios têm origem em candidaturas cujos montantes estão definidos, não tendo qualquer relação com os programas operacionais regionais.

"O que isto significa é que há candidaturas de grande qualidade e inquestionável interesse a serem apresentadas para a cidade e que, naturalmente, têm encontrado no Município o ambiente correto e a confiança para o fazerem. Aquilo que temos reivindicado é que os programas operacionais regionais tivessem maior dotação e houvesse mais lógica na redistribuição de verbas e que os municípios pudessem participar na sua definição. De resto, também sempre dissemos que a forma de contornar esses desequilíbrios injustos que existem no Portugal 2020 seria irmos por programas operacionais temáticos e, aí, os projetos privados, como são os casos, desempenham um papel fundamental", explicou Rui Moreira.

O autarca do Porto salientou, ainda, a importância que esses investimentos podem ter na promoção da imagem turística do Porto. "O Município e as entidades de turismo podem impulsionar e divulgar, mas é preciso que o destino exista mesmo e seja competitivo. O Porto tem os conteúdos culturais, monumentais e as infraestruturas públicas necessárias, mas sem o impulso da iniciativa privada o turismo não existe nem teria condições para fazer o seu caminho e a imagem de um destino turístico faz-se também, muito, através da qualidade das unidades hoteleiras que possui", sublinhou.

Segundo os dados divulgados pelo Diário de Notícias, a terceira candidatura por ordem de grandeza localiza-se no litoral do país, com um empreendimento turístico em Grândola onde vão ser gastos 4,43 milhões de euros. Os hotéis representam praticamente metade dos investimentos para a inovação produtiva e empreendedorismo financiados com os dinheiros da União Europeia. As candidaturas ao Portugal 2020 englobam, além de 17 projetos de inovação produtiva, mais quatro investimentos na área do empreendedorismo, em projetos avaliados em mais de 2,5 milhões de euros, com incentivos de cerca de 1,8 milhões de euros.

Fonte: Porto