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"É preciso mudar do 'hardware' para o 'software", afirmou Miguel Poiares Maduro, no seminário "Auditoria na área da implementação da Estratégia Europa 2020 e da Política Orçamental", promovido pelo Tribunal de Contas e que conta com a participação de 16 Instituições Superiores de Controlo da União Europeia e do Tribunal de Contas Europeu.

Já em declarações à margem, o governante explicou que Portugal já está em muitos domínios "acima da média europeia", por exemplo ao nível das infraestruturas e equipamentos públicos, e precisa agora de na utilização dos fundos europeus "mudar a ênfase" para uma aposta "no capital humano, no reforço da inovação, na capacidade de internacionalização das empresas portuguesas e na inclusão social". "Foi para essas área que nós distribuímos as principais verbas do Portugal 2020", disse.

Poiares Maduro reforçou aquela que tem sido a sua mensagem ao nível da importância dos resultados e da transparência e sublinhou que é igualmente necessária uma "mudança do foco em simplesmente financiar projetos para a obtenção de resultados", de forma a garantir que "o dinheiro vai servir" mesmo para as prioridades definidas. Também o presidente do Tribunal de Contas (TdC), Guilherme d'Oliveira Martins, disse acolher "com muito agrado" a perspetiva dos resultados e a necessidade de "garantir a realização de investimentos reprodutivos, criadores de emprego e de convergência".

Para os dois responsáveis este "é um momento crucial". Guilherme d'Oliveira Martins alerta que "se não houver capacidade criadora a Europa continuará estagnada" e afirma que o objetivo da Europa 2020 é a criação de riqueza e desenvolvimento sustentável. "Este é um momento crucial, uma vez que para sair da atual crise é indispensável que a Europa seja mais criativa e mais justa", disse. Poiares Maduro acrescenta: "O ideal está também na ideia de convergência ao nível social, do desenvolvimento económico e social dos seus povos. Esse é o grande desafio da Europa para o futuro".

Fonte: Notícias ao Minuto