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- segunda, 02 março 2015
O Turismo de Portugal prevê que os fundos comunitários para o sector turístico nacional possam ultrapassar os 780 milhões de euros nos próximos cinco anos. O montante ficará a depender do número e qualidade das candidaturas apresentadas pelos promotores.
Apesar de resguardar que é difícil ainda antecipar números a esse nível, João Cotrim de Figueiredo explicou aos jornalistas que "no quadro comunitário anterior foram cerca de 780 milhões de euros directamente canalizados [para as empresas] através do Turismo de Portugal". "Estou em crer que esse número deve e tem de ser efectivamente ultrapassado pelo tipo de abordagem" previsto no novo plano estratégico do sector para os próximos cinco anos, o Turismo 2020. Na prática, o que se pretende é "mais e melhor articulação" quanto aos fundos comunitários associados ao sector.
O documento define objectivos e prioridades de investimento para o turismo nacional no que respeita a projectos apoiados por fundos comunitários, procurando aumentar a probabilidade de sucesso a esse nível. "Essa é a nova fasquia mínima", reforçou o presidente do Turismo de Portugal à margem da inauguração da BTL – Feira Internacional de Turismo.
O Turismo 2020 conta com 94 projectos, mas há "abertura" para ouvir novas propostas nesse sentido. Um dos projectos já em marcha diz respeito à promoção externa do país e prevê um encaixe anual de 10 milhões de euros nos próximos dois anos. Cotrim de Figueiredo também opta por atribuir aos empresários o mérito no crescimento de 12,4% alcançado pelo sector do turismo em 2014, considerando que contrariar essa importância dos privados é "um exercício de autoflagelação". Inovação, exigência e consistência são os pilares que pede para o futuro do sector. Os mesmos devem ser duradouros e "imunes aos ciclos políticos", posicionou o presidente do Turismo de Portugal.
Também o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, espera que a nova ronda de fundos comunitários sejam "melhor utilizados" pelo sector que tutela. "Que não seja pela falta do Turismo de Portugal que isso [utilização mais efectiva dos fundos comunitários] não suceda", advertiu no final da conferência de apresentação do Turismo 2020, plano que classifica como "um ponto de partida e não um ponto de chegada".
Fonte: Jornal de Negócios